Sobre o Projeto

O Programa Interinstitucional de Bolsas de Iniciação à docência (PIBID) é um programa do MEC, fomentado pela CAPES para o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores para a educação básica. Na UFPel, desde 2010, o curso de Teatro está participando, juntamente com os demais cursos de licenciatura. Atualmente somos um grupo de 12 alun@s do curso de Teatro - Licenciatura da UFPel, bolsistas do PIBID - CAPES/MEC. Desenvolvemos ações específicas da área de teatro e projetos educacionais interdisciplinares, no momento, atuando em quatro escolas públicas parceiras do programa, em Pelotas/RS, orientados pelas professoras/es supervisoras/es das escolas e pelos coordenadores de área.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Resumos bolsista Juliana da Silva

 A montanha e o videogame – Duarte Júnior

A capacidade que temos de sentir o mundo, Aisthesis em grego, é denominada estesia. Nossa relação com o mundo é primeiramente pelos sentidos corporais e os pensamentos ou reflexões surgem posteriormente.
No presente momento, aparentamos uma insensibilidade crescente, como um mecanismo de defesa sobre a crise em que vivemos no mundo, crise voltada à educação do intelecto e falha na educação do sensível, na educação da estesia. Percebemos que, “perder tempo com os prazeres estésicos e estéticos […] equivale à perda de dinheiro e de bons negócios” (p. 28). Nós educadores, devemos aprimorar a sensibilidade de que nosso corpo é favorecido.
Dentro da dimensão estética há cinco temas necessários como ponto de partida para o desenvolvimento de algum projeto, primeiro, atenção à nomenclatura que já vem embutida de uma filosofia, portanto “aponta para uma determinada metodologia; segundo, atenção aos porquês da identificação histórica da arte-educação com as artes plásticas; terceiro, lembrar-se que a literatura tem grande teor estático e não apenas de ensino de língua portuguesa; quarto, lembrar-se do corpo que aprende arte e não só a mente; quinto, é imprescindível a experiência numa dimensão de educação estética e, não deve-se esquecer da autoexpressão e da reflexão.
Partindo destes temas, dá-se a defesa da arte como forma de conhecimento, como signo do sensível no saber humano e que deve ser praticada.
Juliana Caroline da Silva




 A educação dos sentidos - Rubem Alves

Nós, seres humanos, utilizamos ferramentas para conseguirmos tudo que precisamos para viver. Tais ferramentas podem ser facas, canetas, óculos, computadores, ou outros objetos e, também podem ser habilidades como falas, andar e construir. Muitas ferramentas são adquiridas no quotidiano, porém, a arte de pensar possibilita a criação e construção de novas ferramentas. Como pedagogos, devemos nos questionar se estamos ensinando a arte de pensar, de criticar, ou se ensinando uma ferramenta e, neste caso, para que ela serve.
Junto com as ferramentas que são inventadas para aumentar o poder do corpo temos as coisas consideradas inúteis pelo fato de servirem apenas para dar prazer, que não se justificam pela utilidade que recebem, mas pelo prazer e alegria que proporcionam, assim como a vida. Portanto, pode-se dizer que as ferramentas úteis servem como caminho para viver. Tais ferramentas inutilmente prazerosas não são usadas para levar-nos a algum lugar, existem para nos proporcionar sentimentos, para serem gozadas.
A inteligência precisa ser provocada, instigada, para assim fazer coisas incríveis. Segundo Rubem Alves, “Nossos sentidos - visão, audição, olfato, tato e gosto - são todos órgãos de fazer amor com o mundo, de ter prazer nele”. Portanto, porque não ver o mundo com olhos que vão além das ferramentas e encontram o prazer nas coisas? Isso deve ser ensinado nas escolas tanto quanto a arte de escutar, as crianças querem ser ouvidas assim como os adultos e, devem ser ouvidas, pois é dos sonhos que elas contam que nasce a inteligência delas.
“Há coisas que só se aprendem se não se sabe que está aprendendo e que só se ensinam quando não se percebe que está ensinando.” Portanto, deve-se aprender a ensinar a educar os sentidos para deixar de “usar” o mundo e sim “fazer amor” com ele e tudo que há nele.

Juliana Caroline da Silva

Nenhum comentário:

Postar um comentário